Ficha do Malamute do Alasca
Quando pensamos em Malamute do Alasca a primeira imagem que nos vem à cabeça é um cão (ou vários) puxando um trenó por um imenso vale de neve. A “locomotiva do ártico”, como é conhecido o Malamute, é o mais potente de todos os cães de trenó apesar de não ser o mais rápido. É capaz de carregar carga de até 20 quilos por até 70 quilômetros.
Origem
O Malamute do Alasca é um animal de sangue puro, entendo-se assim que ele não é resultado de cruzamentos decididos pelo homem. Seu nome é proveniente de uma tribo Inuit do Alasca chamada mahlemuts. Em algumas ocasiões os Malamutes eram utilizados para defender o povo e ajudar na caça.
Comportamento
O Malamute é carinhoso, limpo, muito amigável com os humanos e arisco com os machos de sua raça. É muito alegre e está sempre disposto a brincar. Apesar do tamanho grande e de ser bem parecido com um lobo, não é um animal de guarda.
Aspecto
É um cão de constituição compacta, com extremidades potentes e esqueleto sólido. Tem as orelhas pequenas, triangulares e levantadas, ainda que às vezes se dobrem e encostem no crânio. A cauda é curva por cima das costas, mas quando trabalha geralmente se mantém caída. A pelagem exterior é grossa e áspera, o sub-pelo é denso, oleoso e lanoso. Na maioria dos exemplares o ventre e parte dos membros e as patas, sempre são brancos, com a coloração do resto do corpo podendo variar.
Cuidados específicos
O Malamute aprende muito rápido se souber como educá-lo, os cachorros precisam de muito firmeza para entenderem as regras que tem que seguir. Ele é um cão muito energético e precisa fazer exercícios diariamente para se manter em forma.
Saúde
Ainda que cães Malamute sejam animais fortes, eles podem ser afetados por doenças de origem hereditária como a polioneiropatia hereditária. Outras doenças que ele pode adquirir são a displasia da anca, torção do estômago ou hipotireoidismo.
História do Malamute do Alasca
O Malamute do Alasca é um dos mais antigos e admirados cães de trenó do Ártico. Esses potentes animais de trabalho são originados das regiões nortenhas do continente norte americano e foram criados primeiro pela tribo Inuit, no final do século XIX.
Esses cachorros foram usados originalmente para arrastar trenós pesados durante longas travessias e em condições extremamente difíceis impostas pela severidade do inverno polar. A raça deriva seu nome de um grupo distinto de inuits, conhecidos na época como Mahlemuts.
Imagina-se que essa tribo esquimó teve seu primeiro assentamento ao longo da costa de Kotzebue Sound, situada na parte noroeste do Alaska. A sobrevivência deles dependia então em grande parte dos cachorros, que eram utilizados para transportar alimentos, provisões e outras coisas imprescindíveis.
Dessa forma, o uso de um trenó puxado por uma equipe de cachorros Malamute era essencial para o translado de carne desde a zona de caça até os acampamentos inuits. A extraordinária severidade do inverno polar ártico forçava esse povo quase permanentemente a percorrer grandes distâncias para encontrar alimentos e provisões para sua sobrevivência.
Até então, o Ártico era uma das áreas mais difíceis de se morar. O se converteu dessa forma em uma das posses mais valorizadas naquelas condições de temperaturas gélidas, com nevascas permanentes e escassez de recursos. Sua força, sua resistência e natureza obediente, além de suas qualidades como cão de trenó, se converteram em um componente vital para a sobrevivência dos esquimós.
Junto com sua habilidade para transportar cargas pesadas em longos percursos pela neve ou gelo, os Malamutes do Alasca eram também apreciados por seus magníficos dotes como caçadores. Não era difícil vê-los caçando ursos polares, alces, lobos, morsas e qualquer outro grande predador feroz que tentasse atacá-los em suas longas viagens, ou quando era necessário como alimento. A combinação de sua aparência lupina com a habilidade para trabalhar em equipe na hora de matar grandes predadores parecia ser a origem do apelido “cachorro-lobo” pelo qual também é conhecido. É mais provável, inclusive, que o apelido tenha origem ao se observarem cruzamentos com lobos.
Muitos historiadores cinófilos estão convencidos que o Malamute do Alasca tem parentesco com outras raças do Ártico, como o Husky Siberiano e outros cachorros esquimós da Groenlândia e da península do Labrador. Igual o resto de seus parentes caninos, a raça é apreciada por suas qualidades para sobrevier às mais cruéis condições com uma quantidade mínima de alimento.
Características do Malamute do Alasca
Como dá para perceber só de olhar para eles, os Malamutes preferem temperaturas baixas. Se acontecer de morar em um lugar mais quente, é bom manter os cães dessa raça dentro de casa, com uma temperatura mais baixa. Eles vão te agradecer por isso.
É uma raça criada para correr grandes distâncias, são muito ativos e precisam de muito exercício para queimar toda essa energia, então eles provavelmente não se dariam muito bem com apartamentos.
O ideal seria que tivessem um grande jardim ou quintal, com um muro ou grades altos ao redor. Fique atento: esses cães adoram cavar. E também se viver em alguma grande propriedade, o esperado é que o Malamute fique vagando pelo lugar patrulhando as fronteiras.
Um malamute saudável pode viver até os 15 anos, mas é importante que além dos cuidados com a saúde, seja tomado cuidado com a alimentação – ele vai devorar o que colocar na frente dele, não importa a quantia – servindo porções pequenas durante o dia.
Um Malamute do Alasca também precisa ser escovado diariamente, os pelos deles caem bastante na primavera e no outono.