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Gatos de Rua e as suas principais particularidades

Conheça mais sobre os gatos de rua - os felinos vira-latas - e seus hábitos

Os gatos de rua, assim como os cães, carregam a denominação de vira-latas, por não terem uma raça definida ou vagarem pelas ruas. Infelizmente, o termo carregou-se de uma conotação de “vagabundo”, como se o gato de rua não fosse um animal adequado para se ter, por isso tem-se utilizado “pelo curto” ao se referir a um gato de rua.

A popularização dos gatos de rua, no Brasil, tem sido tamanha que a Federação Brasileira do Gato instituiu uma nova raça, chamada Pelo Curto Brasileiro, que são gatos com pelagem curta e cor dos olhos geralmente combinando com a cor do pelo. A maioria dos apaixonados por gatos, principalmente aqueles que têm mais de um bichano, tem um gato de rua em casa.

Sete vidas de carinho e amor

Acredita-se que o Pelo Curto Brasileiro e os Vira-Latas em geral são mais resistentes a doenças genéticas, ainda que falte um estudo científico para atestar esta teoria, a base da crença é que assim como os cães de rua, os gatos de rua estão sujeitos às mais diversas situações e ambientes nas ruas e sobrevivem, portanto os gatos pelo curto são mais fortes, isto se chama pressão seletiva, só os mais fortes sobrevivem.

Outro ponto a favor dos gatos de rua é que os tais Pelos Curtos são os gatos mais sociáveis, gostam de brincar, são fiéis ao dono e não à casa, como alguns costumam achar. Tanto que estes gatos quando estão com um dono que seja mau com eles, tendem a simplesmente abandoná-lo e saem em busca de um dono que seja melhor com eles.

Leia Mais: Compra de gatos persa: cuidados necessários antes de ter um.

Um gato criado com amor e carinho, mesmo que necessite de seu espaço, por não ser tão emocionalmente dependente do dono, irá retribuir a atenção recebida. Salve uma vida e adote um gato de rua.

 

Sobre o Pelo Curto Brasileiro

  • Essa raça de gato se origina de diversas raças que foram introduzidas pelos europeus no tempo do Brasil Colônia;
  • Esse gato é ativo e independente não apenas por ser um “gato de rua”, mas também por ser uma raça de pelo curto; esse felino vai apresentar, geralmente, o mesmo comportamento de gatos com esse tipo de pelagem;
  • São gatos geralmente sociáveis e dóceis com crianças, outros gatos e visitas, mas lembre-se que cada gato apresenta uma personalidade própria e pode não agir dessa forma;
  • É uma raça ágil e, como dito anteriormente, ativa, gostando de brincar de variadas formas e com um instinto de caça marcante;
  • O pedigree para a raça pode ser exigido por qualquer pessoa que tem um gato SRD (sem raça definida), mas apenas gatos que seguem o padrão determinado e possuem registro são considerados da raça Pelo Curto Brasileiro;
  • Gatos vira-latas – non pedigree cats nos EUA – são cada vez mais aceitos lá fora. Inclusive o Pelo Curto Brasileiro, conhecido como Brazilian Shorthair, recebeu uma boa aceitação internacional.

Apesar de toda essa crença na maior resistência dos gatinhos de rua, eles são animais como qualquer outro e devem receber cuidados como vacinação e idas ao veterinário. A escovação não é um cuidado essencial para esse tipo de gato, mas pode servir como um sinal de afeto para ele.

 

Resgatando um gatinho de rua

Muitos ficam com o coração partido de ver um animalzinho, seja gato ou cachorro, abandonado na rua e acabam por resgatá-los, contando que vai encontrar uma ONG que se responsabilize por eles. É importante saber que a maioria das instituições que resgatam cães e gatos vive cheia e dificilmente apresentam a disponibilidade para acolher mais um bichinho.

Se deseja salvar um gato da situação de rua, mas não possui condições de adotá-lo se disponibilize para o abrigar até que alguém o adote.

Algumas dicas caso você queira resgatar um gatinho da rua:

  • Você não sabe a origem do animal, então sempre o leve primeiro ao veterinário e o mantenha separado de outros animais da casa até saber o estado de saúde do bichinho;
  • Se não tiver condições financeiras para arcar com todas as despesas procure por instituições que fornecem a vermifugação e vacinação de forma gratuita, algumas ONG’s não podem manter o animal consigo, mas ajudam quem resgata;
  • Algumas instituições também ajudam na divulgação de que o animal está para adoção;
  • Cuide da alimentação do animal, um gato que já pode comer alimentos sólidos deve receber ração e de preferencia de marcas conhecidas, se o gato é apenas um filhote é ainda precisa de leite nunca dê alimentos sólidos ou leite de vaca para ele;
  • Acompanhe o processo de adoção, tenha certeza de que a casa é segura para o gato e que essas pessoas de fato o querem, se possível doe o gato castrado, pois a maioria das pessoas acaba por deixar o processo de lado. O mesmo é válido para cachorros.

 

Cuidados com filhotes órfãos

Muitos gatinhos órfãos são abandonados porque os donos de alguma gata não quiseram castrá-la e ela acabou gerando uma ninhada indesejada, por isso saiba que ao salvar um filhote você está dando uma chance para ele se desenvolver e crescer como um felino saudável, no entanto exige muita dedicação por parte de quem o resgatou:

  • A primeira medida é manter o filhote aquecido com um coberto e dentro de uma cesta ou caixa aberta até o levar para um veterinário, medida que deve ser adotada no mesmo dia, pois filhotes podem vir a óbito facilmente;
  • Se conhecer alguém que possua uma gata que teve ninhada recentemente e se disponha a adotar o filhote essa é a melhor medida, mas dificilmente isso ocorre e é mais provável que você se torne a “mãe” para o filhote;
  • O leite de vaca causa diarreia e pode levar o filhote à morte, por isso o leite utilizado deve ser próprio para o consumo de gatos e o felino deve o ingerir a cada 3 horas de acordo com a indicação do veterinário;
  • Prepare o local para receber o filhote, lhe ofereça uma cama confortável, areia para que ele faça necessidades e evite mudanças, pois isso pode estressar ainda mais o gatinho.

 

Veja imagens de gatos de rua:

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Comportamento dos Gatos, Curiosidades sobre Gatos
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ATENÇÃO: Esse conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta a um médico veterinário ou serviço especializado. Encontre um fornecedor próximo a sua casa.

Sobre o autor

Médico Veterinário (CRMV- SP 23.348), formado pela Universidade Paulista, Cirurgião Geral e Ortopedista no Hospital Veterinário Cães e Gatos 24 horas há 6 anos. Dr. Tubaldini é o Diretor de Conteúdo do portal CachorroGato e gestor da equipe de veterinários responsáveis pela ferramenta Dr. Responde.

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