Síndrome da Ansiedade da Separação - O que é isso? | CachorroGato

Síndrome da Ansiedade da Separação - O que é isso?

Fique por dentro dos sinais da Síndrome da Ansiedade da Separação e descubra as causas desse mal

A correria dos tempos modernos, em que todos da casa tem os seus afazeres diários, seja passar horas a mais no serviço, enfrentar o trânsito caótico e chegar tarde, as crianças ficarem tempos extras no colégio por conta de atividades fora da grade curricular entre muitos outros fatores vem fazendo com que a Síndrome da Ansiedade da Separação (SAS) torne-se cada vez mais frequente entre os animais de estimação.

O fato de criar o pet como filho também contribui muito para que a Síndrome da Ansiedade da Separação aconteça com mais frequência, pois diante da solidão o peludo sente intensamente a falta dos seus donos. Afinal, quem é que quando bem tratado não passa a gostar ainda mais da pessoa? Com o cachorro não é diferente, aliás, pela idolatria que ele tem com os donos da casa isso acaba se tornando ainda mais impactante.

Desde a depressão e automutilação, até a destruição dos móveis da casa – principalmente aqueles que as pessoas mais gostam – como forma de punição, o cão passa a mudar o seu comportamento e é precisa muita atenção dos seus proprietários para perceber até que ponto algumas atitudes fazem parte da personalidade dele e quando essas ações tornam-se consequências deste problema.

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Como fica um cachorro com a Síndrome da Ansiedade da Separação?

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 O cão começa a ter várias atitudes diferentes das suas cotidianas, como urinar em lugares que ele sabe que não pode – principalmente na cama dos moradores da casa – mastigar ou rasgar almofadas, travesseiros, tapetes, roupas do varal, arranhar sofás, pontas dos móveis, pés de cadeiras ou portas, além de latir muito, chegando a uivar. Estes são os comportamentos da Síndrome da Ansiedade da Separação nos quais ele pretende castigar os seus donos pela ausência deles.

Já quanto às atitudes psicológicas, eles deixam de comer ou beber água até que alguém esteja em casa (chegando à anorexia), ficam deprimidos, intolerantes, isolados, perdem a vontade de brincar e até mesmo tornam-se antissociais. É por conta disto que verificar o mais rapidamente possível essas condutas e procurar ajuda de um profissional em comportamento animal torna-se imprescindível, pois quanto mais o tempo passa, mas tende a se agravar o problema e chegar a estágios drásticos.

 

Qual o tratamento para a Síndrome da Ansiedade da Separação?

 O principal ponto depois do diagnóstico de que o cachorro sofre da Síndrome da Ansiedade da Separação é o dono se conscientizar de que terá de mudar vários hábitos para ajudar o seu amigão a se recuperar. Em muitos casos é indispensável a introdução de antidepressivos no tratamento, mas somente eles não resolvem o problema.

Para que o pet se recupere as pessoas da casa terão de remanejar algumas tarefas e conciliá-las com horários que deixem o bichano o menor tempo possível sozinho. Quanto a isto, deve ser lembrado que a partir do momento em que a pessoa ou a família escolheu ter um animal de estimação, ela assumiu o compromisso de cuidar e dar qualidade de vida a ele.

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Levá-lo para passear ou fazer outra atividade física é uma boa saída contra a Síndrome da Ansiedade da Separação, já que cansado, o cão dormirá na ausência dos seus donos e isso ajudará bastante. Ter outro bichinho também é mais uma excelente alternativa, pois com o companheiro ele terá com quem dividir as ocasiões nas quais ficaria sozinho. E o adestramento é mais uma opção, já que o dono e o cachorro aprenderão a lidar com a saída da pessoa de casa e como fazer para que o animal não sofra.

 

Jamais dê tchau ao pet, pois pode causar a Síndrome da Ansiedade da Separação!

Um erro brutal que muitos cometem é o de se despedir do peludo antes de fecharem a porta. Isto só causa estresse nele, pois assim já fica sabendo que passará pelos momentos de solidão. Portanto, nunca dê tchau a ele, simplesmente saia sem dizer nada. Ao chegar, também espere que ele comemore sozinho, caso contrário, se a pessoa chegar fazendo festa, pegando o cão no colo e o enchendo de beijos estará o compensando, deixando para ele a impressão de negativismo toda vez que a porta for fechada.

Deste modo, espere a euforia passar (mesmo que seja difícil se conter) e depois passe a tratá-lo normalmente, mesmo que seja jogando a bolinha ou dando carinho, mas fazendo com que ele se sinta em uma atmosfera costumeira e não que o mimo seja porque ficou sozinho. Assim, ele ficará menos estressado ou eufórico com as idas e vindas das pessoas, tornando-se um cão mais saudável e sem propensão à Síndrome da Ansiedade da Separação.

Entretanto, caso nada destas dicas ajudem, consulte um veterinário o quanto antes, pois só ele saberá quais os tratamentos mais adequados para a situação e como o dono ou a família devem proceder diante disto.



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Categorias:
Comportamento dos Cães, Saúde do Cachorro
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ATENÇÃO: Esse conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta a um médico veterinário ou serviço especializado. Encontre um fornecedor próximo a sua casa.

Sobre o autor

Médico Veterinário (CRMV- SP 10.687), formado pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Unesp com Pós Graduação em Oncologia Veterinária pelo Instituto Bioethicus e Pós Graduação em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais pelo Instituto Qualittas. Responsável pelo setor de Oncologia Médica e Cirúrgica do Hospital Veterinário Cães e Gatos 24h. Dr. Toyota é integrante da equipe de Veterinários do portal CachorroGato e também responde por dúvidas na ferramenta Dr. Responde.

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