De princípio, a hemoparasitose erlichiose, ou erliquiose, pode parecer uma doença rara e pouco conhecida, porém, essa condição se altera quando é sabido que essa é a popular doença do carrapato, uma das doenças que mais causam preocupação aos donos de pets por todo o País, sendo muito comum e presente em boa parte da população de cães no interior onde tem a maior incidência de carrapatos.
Conhecidas como hemoparasitoses, babesiose e erlichiose, apesar de ambas serem conhecidas como doenças do carrapato, erlichiose e babesiose não são a mesma coisa e não agem no organismo do animal infectado do mesmo jeito. Ao contrário da babesiose, que age nos glóbulos vermelhos, a erlichiose se aloja nos glóbulos brancos do sangue.
Do mesmo jeito que a babesia, a erliquiose também é, em sua maioria, transmitida através da picada do carrapato marrom. A transmissão também pode ocorrer através de agulhas ou instrumentos infectados, além de transfusão sanguínea. Após entrar no organismo do cão, a bactéria se multiplica e ataca os linfonodos e órgãos como fígado e baço, destruindo os glóbulos brancos. A erliquiose e a babesiose podem atuar juntas, agravando ainda mais o estado clínico do cão.
Os sintomas da erlichiose variam de acordo com a fase da doença. Durante a fase aguda pode-se observar febre, secreção nasal, redução de peso, fraqueza, tremores, dificuldade para respirar. Na fase subclínica os sintomas não se apresentam muito, mas pode ocorrer depressão, hemorragias e mucosas pálidas. A fase crônica apresenta os mesmos sintomas da fase aguda, porém em menor grau, deixando o cachorro apático, caquético e menos imune a doenças.
Como diagnosticar e tratar a erliquiose
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Para o diagnóstico preciso da doença, pode ser feito um exame de sangue. Existem sorologias específicas para identificação da doença no sangue, mas um hemograma com leucograma já pode dar uma boa ajuda. A erliquiose tem cura, é tratada com antibióticos, e as chances de que o cão sare da doença são ainda maiores se ela for detectada em seu início. Para prevenir o cachorro da erlichiose, é ideal que a higiene seja levada a sério. Banhos frequentes e atenção ao corpo do animal pode evitar que o carrapato se aloje entre os seus pelos.
É comum que se confunda os sintomas da erlichiose com os da cinomose, outra enfermidade canina preocupante, portanto é fundamental que o cãozinho que apresente os sintomas seja levado ao veterinário e passe pela avaliação para um diagnóstico correto. Também pode acontecer de os sintomas não serem notados pelo dono, por isso é tão importante que o cão passe por visitas periódicas ao veterinário.
Prevenção da erlichiose
Quando o animal vive em um ambiente onde sabe-se que tem carrapatos, ou vai para locais com outros cães e, neste caso, não temos como saber se tem algum infestado por carrapatos, é indicado o uso de remédios para carrapato que tem uma boa duração, deixando os cachorros livres dos parasitas independente do ambiente.
O ambiente deve ser tratado também quando possível, existem diversos produtos que ajudam como acabar com os carrapatos no ambiente, para evitar uma nova infestação do animal após tratado.
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