Tida como uma das doenças virais mais sérias e prejudiciais aos cães, a coronavirose é altamente contagiosa e afeta o trato intestinal dos animais acometidos por ela. Também conhecida como Gastrointerite Contagiosa dos Cães, a doença tem o vírus chamado de Corona como agente, e pode ser transmitida para animais como gatos e bovinos e até seres humanos, sendo considerada uma zoonose.
Embora tenha sido identificado primeiramente em frangos, o vírus Corona tem os cães entre os seus principais prejudicados nos dias de hoje, e ganhou este nome por se instalar em forma de coroa nas células que o multiplicam. Frequentemente confundida com a parvovirose, a coronavirose desencadeia uma série de sintomas bastante parecidos com os da parvo, apenas de forma mais branda, incluindo diarreias em forma de jatos, perda de apetite e febre, entre outros.
A forma mais comum de contaminação da coronavirose é por meio do contato de cães sadios com as fezes de animais infectados, sendo que os primeiros sinais da doença já começam a se manifestar nos cachorros acometidos cerca de três dias até sete após o contágio. Contando com níveis de intensidade bastante variados, os sintomas da doença podem ser bem leves e, em alguns casos, melhorar depois de alguns dias mesmo sem tratamento específico.
Entretanto, casos mais graves podem ser fatais para os cachorros que não são prontamente atendidos; por isso, ao perceber qualquer sinal atípico que se assemelhe aos sintomas da coronavirose em seu pet, é fundamental que ele seja analisado por um profissional veterinário, evitando complicações maiores. Conheça, a seguir, um pouco mais sobre as particularidades desta doença, e saiba como agir para preveni-la e tratá-la no seu bichinho de estimação.
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Transmissão da coronavirose
Conforme citado anteriormente, a principal forma de transmissão da doença é por meio do contato direto de um cão sadio com os dejetos de um animal contaminado, sendo que o contato com qualquer tipo de mucosa ou secreção infectada também favorece a propagação.
Objetos usados pelos cachorros doentes também ficam infectados pelo vírus corona, assim como o ambiente em que ele vive e despeja suas fezes. Portanto, os itens de uso de um cão contaminado pela coronavirose devem ser esterilizados e limpos com produtos desinfetantes apropriados antes que qualquer animal sadio tenha contato direto com eles.
Sintomas da coronavirose
Os principais sinais da doença são bastante parecidos com os sintomas da parvovirose, e incluem febre, vômitos, apatia, desidratação, anemia, cólicas estomacais, perda de apetite e diarreia – que ocorre em forma de jatos, tem cor alaranjada e não possui odor forte. Afetando o trato intestinal dos cachorros, a coronavirose raramente se espalha para outros órgãos do animal, embora o lacrimejamento também possa fazer parte do conjunto de sinais da doença, em alguns casos.
Prevenção, diagnóstico e tratamento
A única forma segura de prevenção da coronavirose é por meio da vacinação preventiva. Fundamental para garantir a saúde dos cachorros durante toda a vida, a vacina polivalente deve ser administrada ao cão ainda filhote (a partir de 45 dias de vida) e, além da coronavirose, também imuniza os cachorros de outras doenças virais como parvovirose, cinomose, hepatite infecciosa canina, adenovirose, leptospirose e parainfluenza canina.
Por se manifestar com sintomas muito semelhantes aos de outras complicações, o diagnóstico da doença só pode ser definido por meio de exames laboratoriais específicos. É importante lembrar que, mesmo nos casos em que o cão não apresenta sintomas intensos e melhora com o passar dos dias, ele ainda está contaminado e, portanto, deve ser tratado para que não atue como um propagador da doença.
Sem a existência de um medicamento que atue diretamente no combate do vírus corona, a coronavirose é tratada, principalmente, para que sejam aliviados os sintomas e as complicações causadas nos cães, com um tratamento de suporte associado a medicações sistêmicas para proporcionar a cura e evitar propagação para outros animais.
A administração de soro fisiológico ou glicosado para a reposição de fluidos é, em boa parte dos casos, a primeira medida adotada para que o animal melhore, já que os sintomas da doença podem causar uma desidratação severa. Medicamentos que ajudam a conter os enjoos, vômitos e diarreia também são frequentemente utilizados no tratamento, assim como antibióticos e quimioterápicos – que são recomendados nos casos em que o animal destaca problemas intestinais mais sérios e complicados em função da doença.
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