Cães de guarda são conhecidos de muito antigamente, essa sempre foi uma função destinada ao melhor amigo do homem. Um cão pode exercer perfeitamente a função de guarda costas de um humano.
Porém, quando se trata de cães para segurança, o assunto é um pouco mais sério. Cães de guarda devem ser sempre tratados com cautela e respeito, não é uma escolha simples e requer treinamento e disposição do dono.
Cães possuem instintos fortes, e quando são responsáveis exclusivamente pela segurança do dono, esses instintos tendem a se fortificarem ainda mais. Por isso, o adestramento é um ponto crucial na formação do cão de guarda.
Adestramento é o mais importante
É importante sempre lembrar que um cão não é uma arma. Os cães de guarda são feitos somente para ajudar na segurança, não para sê-la por completo. O treinamento de um cão de guarda é feito especialmente para o dono ter total controle sobre as ações do cão.
No treinamento o cão aprende a ter atenção e paciência, também é ensinado quando latir e, somente em último caso, quando atacar. O cão não é feito para morder o humano, ele é feito para alertar e proteger seu dono de todo e qualquer perigo.
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O adestramento inadequado, ou até nenhum adestramento, pode ocasionar problemas para a família, pois um cão territorialista, criado somente para atacar, se torna uma ameaça.
A escolha da raça
O importante, se tratando de raças para cães de guarda, é exatamente pensar no porte. Um cão de guarda precisa, primeiro de tudo, inibir. Algumas raças tem o porte, mas não a atitude. Ser cão de guarda é algo próprio do cão, e vai ser muito mais fácil para o dono adestrar um cão próprio para a função do que um que não é.
Pastor Alemão
Raça especial para defesa de propriedades. Também é muito usada para companhia, guia de deficientes e atividades policiais. Tem reação eficaz a agressões, latindo alto e contínuo. Também é atendo e obediente. Muito inteligente também e um grande potencial de intimidação.
Também pode ser bem apegado à família e se relaciona bem com crianças, desde que saibam respeitar seu espaço.
Rottweiler
Forte, ágil e resistente. Possui um temperamento muito forte. É usado para defesa de propriedades e trabalho policial. Excelente cão de guarda, cuida do próprio espaço com todo porte necessário. No entanto, requer pulso firme do dono, tende a desafiá-lo quando não gosta de algo. Mas, com a socialização correta, pode ser um bom cão de companhia.
Dobermann
Tem tamanho médio, como os demais cães, é usado para o trabalho policial além da guarda. Excelente cão de guarda, tem reações rápidas e latidos altos, se tornando muito intimidador. É inteligente e muito facilmente adestrável. É fácil de acostumar com crianças, porém, não se dá tão bem com outros animais.
Fila Brasileiro
Raça inicialmente usada somente para guarda, agora, porém, também é utilizada para companhia e pastoreio. Tem latido forte e impressiona pelo porte. Porém, não é um cão muito ativo, e é muito teimoso, não sendo muito simples de adestrar. Lida razoavelmente com outras pessoas, mas não pode ficar na companhia de outros animais.
Dogue Alemão
Tido como um cachorro extremamente dócil e equilibrado com seus donos, o Dogue Alemão está entre as raças consideradas melhores cães de guarda. Podendo atingir até 1 metro de altura e pesar até 80 quilos, esse cão é muito ágil, apesar do enorme porte; e serve como um bom protetor, justamente, por essa mistura entre consciência, controle e força – que permite ao animal treinado atacar, somente, quando a situação se mostra absolutamente necessária para tal.
Mastiff
Usado desde os tempos mais antigos como cão de caça, guarda e proteção, o Mastiff é bastante desconfiado com estranhos e muito amoroso com seus donos. Destacado por seu grande porte e força imensa, o cão da raça é muito corajoso, se tornando uma ótima opção de raça para o treinamento de guarda.
Cane Corso
Dono de uma grande capacidade de compreensão, o cão da raça Cane Corso pode ser facilmente adestrado para se tronar um protetor perfeito de sua família e propriedade, sendo um animal extremamente atento e controlado (quando o adestramento é feito de maneira correta), além de independente e defensor por natureza.
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Como é feito o treinamento dos cães de guarda
Para contar com um bom cão de guarda em casa, além de escolher da raça ideal, também é preciso definir o tipo certo de treinamento pelo qual o animal deve passar. A contratação de um adestrador, nestes casos, é uma ótima opção para acelerar o processo – e quando o bicho é treinado desde filhote e já conta com um instinto protetor natural, esse aprendizado se torna ainda mais fácil.
Chamado popularmente de treinamento de defesa, o adestramento para cães de guarda consiste em ensinar o cão a obedecer comandos específicos de ataque – tornando-se agressivo apenas em situações estranhas ou sob as ordens de seu dono ou treinador. Na maioria dos casos, esse tipo de adestramento é feito com a ajuda de uma pessoa que serve de “cobaia”, e (protegida, obviamente) se passa por uma ameaça para ajudar que o cão assimile o tipo de ocorrência em que o ataque é necessário.
A cobaia dará condições para que uma situação específica seja criada e, desta forma, tornar possível o treinamento, que ensinará o cão a liberar toda a sua agressividade sobre essa suposta ameaça – e, também, a controlar seus impulsos de acordo com o comando do seu dono. Basicamente, o adestramento consiste em uma “brincadeira” de perseguição sob o comando do proprietário, que indica quando o cão deve atacar e quando deve soltar o que lhe apresenta algum tipo de perigo.
Por incentivar a defesa de seu dono a qualquer custo, o treinamento dos cães de guarda também pode gerar alguns problemas no cotidiano do animal – já que, a partir desse processo de adestramento, o cachorro poderá passar a interpretar uma série de situações corriqueiras (como uma criança brincando de esconde-esconde em um parque, por exemplo) como ameaças em potencial, e isso pode provocar acidente sérios.
Tendo em vista que a grande maioria dos cães pode acabar atacando mesmo sem treinamento - seguindo os seus instintos naturais -, fica ainda mais clara a possibilidade de problemas em deixar solto um cão desse porte próximo a pessoas desconhecidas.
Portanto, ao treinar seu cão para ser um guardião especial, é preciso lembrar que – mesmo sendo extremamente dócil com seu dono - ele não deverá ficar solto ou sem focinheira em nenhum local em que possa identificar perigos (mesmo que inexistentes), pois, isso pode gerar muita confusão para o cão, seu proprietário e, principalmente, quem quer que seja identificado como um possível agressor.
Dito isso, é fácil entender por que o dono de um cachorro deve pensar muito bem antes de promover qualquer tipo de treinamento que incentive a agressividade do seu amigão. Para ficar longe desse tipo de situação, há quem realize adestramentos específicos para condicionar o cão a latir muito em situações atípicas, avisando seus donos sobre a ameaça sem que ataque, de fato, um possível invasor.
Seja qual for a sua escolha de treinamento, o fator da recompensa não pode ser deixado de lado no processo, sendo que o adestramento deve ser feito de maneira pacífica e sem o uso da violência como forma de ensino ou punição – já que isso, além de prejudicar a saúde e o bem-estar do animal, pode torná-lo ainda mais agressivo.
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