A mielografia para cães e gatos é um exame de imagem e consiste na aplicação de um contraste radiográfico no espaço subaracnóideda coluna vertebral – espaço existente entre duas, aracnóide e pia-máter, das três meninges que recobrem o sistema nervoso. O exame é realizado com uso de anestesia geral e a punção pode ocorrer no segmento cervical, mais utilizado,e/ou lombar. Em resumo, trata-se de uma técnica radiográfica que utiliza contraste iodado no intuito de visualizar o trajeto medular do cão ou gato.
A mielografia para cães e gatos já muito foi utilizada na medicina veterinária para avaliação complementar indicada principalmente quando se há suspeita de lesões compreensivas na medula espinal, o que leva a disfunções neurológicas, sendo a hérnia de disco, que pode levar a paresia ou paralisa dos membros torácicos e/ou pélvicos animal afetado, dependendo da sua localização.
Este exame é considerado uma ótima ferramenta para revelar a origem de massas intradurais sendo intra ou extramedulares. Nos dias de hoje, como podemos contar com os exames de ressonância magnética, exame de escolha para avaliação da coluna vertebral, e de mielotomografia/tomografia computadorizada, exames que fornecem maiores informações, este exame está em desuso. Apesar dos riscos da punção edo uso de contraste, os mesmos se fazem necessários, pois não é possível visualizar a medula espinal numa radiografia comum.
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A mielografia não é indicada em casos nos quais o animal apresenta alguma doença infecciosa, especialmente quando há indicação desse tipo de quadro pela análise do líquido cérebro espinhal, devido o risco de se disseminar a infecção através do espaço subaracnóide.
Quanto aos riscos desse exame de imagem, o mais comum é a convulsão, representando 75% dos casos de complicação, pela progressão do contraste radiográfico ao neurocrânio, no entanto o animal também pode apresentar vômitos, apnéia durante a punção, hipertemia (febre) ehiperestesia.
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Como é realizado o exame?
Usado especialmente pela neurologia, a mielografia exige que o animal seja pré-medicado e anestesiado, sendo posicionado em posição de decúbito lateral – ou seja, deitado de lado – para que a punção seja realizada com uma agulha adequada. Ocorre primeiramente a drenagem do líquor para em seguida ser injetado o contraste de escolha, que possibilita a visualização do canal medular.
Na maioria das vezes a punção é cervical, sendo realizada na cisterna magna – uma das três aberturas existentes no espaço subaracnóide – e, quando necessário, é realizada uma nova punção na região lombar, frequentemente entre a quinta e sexta vértebras lombares (espaço lombossacro). Em seguida, é feito o estudo radiográfico do local.
A coleta do líquor é de grande importância para auxiliar o diagnóstico do cão ou gato. Em muitos casos a mielografia veterinária não é conclusiva, mas a análise do líquor em associação pode guiar ou até mesmo fechar o diagnóstico.
Geralmente o procedimento é acompanhado por um anestesista e pelo médico veterinário radiologista, e apesar de não ser livre de riscos, apresenta a incidência de complicações bastante reduzidas quando realizada por profissionais criteriosos.
Antes desse exame de imagem ser indicado, o médico veterinário submete o animal a um exame neurológico minucioso e outros exames são utilizados como primeira escolha. A mielografia é utilizada quando a radiografia simples não é compatível ao exame neurológico ou não evidencia lesões, além dos casos onde se faz necessário conhecer a localização exata da lesão para o planejamento de um procedimento cirúrgico que será realizado por um neurologista veterinário.
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